A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) liberou as negociações com Brazilian Depositary Receipts (BDRs) da Agrenco, que estavam suspensas desde 11 de fevereiro de 2010.
A suspensão foi determinada por conta do atraso da empresa na divulgação de balanços. No entanto, no último dia 5 de janeiro, a empresa apresentou "todas as informações periódicas que se encontravam em atraso", conforme comunicado da Superintendência de Relações com Empresas da CVM.
Após a decisão da CVM, os papéis ficam imediatamente liberados para a negociação. Mas é preciso aguardar posicionamento da BM&FBovespa sobre quando e de que forma elas serão retomadas. Pelos procedimentos operacionais da bolsa, o papel deverá ficar em leilão durante uma hora antes que o primeiro negócio seja fechado.
O superintendente de Relações com Empresas em exercício da CVM, Jorge Andrade, explicou que a suspensão se deu em função da não entrega das demonstrações e, agora, está sendo revertida porque a companhia apresentou todos os balanços.
Ressalva no balanço A BDO, auditoria responsável pelo balanço, apresentou parecer com "negativa de opinião", o que significa que os dados apresentados não estão de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Andrade ressalta, no entanto, que questões envolvendo a suspensão de registros são basicamente referentes à prestação das informações. "Nós não estamos examinando a qualidade das informações. O que nos interessa é que elas estejam disponíveis e tenham passado pela auditoria. Se houver um parecer ressalvado, por exemplo, nós não iremos suspender a negociação. Apenas se o informe não for divulgado periodicamente", afirmou o superintendente da CVM.
Ana Paula Ragazzi